sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

É Natal!
À noite no jardim de Belinha, as luzes esplandecem. As cores da cintilância se misturam às rosas e deixa a Fadinha Rosaflor alucinada, pois nunca tinha visto tanto brilho, porém o seu frenesi acaba quando percebe a amiga Belinha chegando com lágrimas nos olhos.
Imediatamente sensibiliza-se e deseja acalentar a garota.
Belinha conta que nessa época do ano, aumentam as lembranças boas que possui de sua avó: as festas de confraternização, as viagens à praia, a destruição do cofrinho e a divisão das moedas com as primas.
Rosaflor sentiu um carinho imenso por aquela garotinha, que naquele momento lhe pareceu tão frágil, e disse que as pessoas quando morrem se transformam em luz. Belinha perguntou, então, se a avó tinha virado estrela, mas Rosaflor disse que não, afirmou que as estrelas são astros que sempre estiveram lá e que a luminosidade à que ela se referia encontrava-se dentro do coração da menina e esse brilho era a magia que transformava mágoas em reconciliação, ódio em amor, inveja em altruísmo, medo em confiança e a saudade em encontro.

Dessa maneira para diminuir esse pesar basta ouvir o coração e sentir as faíscas de ternura, nobreza, generosidade que assim estaria sempre ligada à sua apreciada avó.

"Apesar das despedidas eternas, a vida de quem fica continua, mas que as lembranças sirvam para que nos tornemos mais humanos e mais generosos!"
Feliz Natal!

Silvana Noya Pires Michelin